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sábado, 31 de julho de 2021

Viajando na China em tempos de Covid


Quem tem me acopanhado no Instagram e no Facebook, já sabe que eu e minha família fizemos, agora em julho,  uma viagem de mais de 5 mil km pela China, inciando em Nanjing, uma das capitais antigas da China durante diversos reinados, dinastias, durante o período do século III até o ano de 1949. De lá, visitamos amigos em Hefei, fizemos um cruzeiro pelo Rio Yangtze, fomos até a incrível Chengdu, onde visitamos outros queridos amigos e aproveitamos para conhecer a linda e moderna cidade apelidada de Terra dos Pandas. Após, numa altitude de 3.100 m, em uma região budista tibetana, fizemos um acampamento ao melhor estilo família nômade (espera...! nossa barraca não era tão barraca assim... vamos chamá-la de cabana)! Seguindo viagem, fomos para a Rota da Seda, uma linda e impensável jornada por desertos, partes antigas da grande muralha, grutas que serviam de templos para os monges buditas há mais de 1400 anos. Terminamos nossa viagem em Xi'an, visitando os guerreiros de Terracota e descobrindo esta incrível cidade cheia de história. Foi a cereja do nosso bolo!

A esta altura, algumas pessoas devem estar se perguntando sobre a situação do vírus na China, durante nossa viagem,  e como tivemos coragem para viajar.

O país consegue manter seus baixos níveis de contaminação adotando medidas bem restritivas e cada cidadão precisa se submeter às medidas de prevenção. Usar máscaras é obrigatório em todos os lugares em que tenham pessoas “aglomeradas”. Em locais públicos, desinfetantes estão disponíveis para uso pela população. Cada vez que um caso de Covid-19 é identificado, pessoas são isoladas. À medida que se detecta mais números de caos, os condomínios são isolados, bairros e, dependendo, até mesmo a cidade muda de status para zona de risco médio ou alto até que todos sejam devidamente testados, os infectados tratados em hospital e todos sejam liberados de uma quarentena obrigatória.

Em todos os locais públicos, independente de onde se esteja, é obrigado mostrar o código de saúde gerado no seu celular (na verdade, há dois: o nacional que rastreia o seu itinerário e o da província onde vc. mora que diz se você foi vacinado e se vem de um estado que tenha área de risco). Este código aparece nas cores verde, para quem está livre de possível infecção, amarelo para pessoas de risco médio e vermelho que significa que você esteve em área de alto risco (com número maior de casos) e você está proibido de entrar em lugares como supermercados, shoppings, viagens de qualquer tipo e você já é obrigado a fazer quarentena (em local designado pelo governo – hotéis que estão funcionando apenas para este fim) de, pelo menos, 14 dias, além de testes de covid ao iniciar a quarentena e outro teste antes de sair dela. Se você estiver infectado, é levado para os hospitais e centros de tratamento de covid. Ninguém que esteja infectado (que tenha sido detectado) pode circular livremente. É lei! Essas regras sobre quarentena mudam de província para província, dependendo da situação momentânea, e está em constante atualização.

 Nesta viagem, estivemos, no início do mês, em uma cidade que, após 10 dias de a termos deixado, começaram a aparecer alguns casos. Um total, incialmente, de 3 pessoas foram identificadas contaminadas. Ao descobrirem 09 contaminados, já isolaram 30 mil pessoas nas redondezas onde esses casos apareceram. Começaram a nos monitorar nas cidades seguintes, pois nosso código mostrava que estivemos na região. Depois dos 14 dias, mesmo esta cidade não aparecendo mais em nosso rastreio, tivemos que informar os hotéis onde nos hospedávamos que tínhamos passado por lá e, assim, nos exigiram que fizéssemos um teste. Os oficiais de saúde, baseados no rastreio dos nossos códigos, nos localizavam e telefonavam para saber do nosso estado de saúde! Inacreditável a eficiência do sistema! Como agora (30.07) a mesma cidade está com mais de cem casos de transmissão local (vejam, 100 casos numa população de 8,5 milhões de habitantes) e apareceram outros casos em uma segunda área por onde passamos (casos estes ligados aos da primeira área), a cidade em que moramos está exigindo dois testes de covid para voltarmos para casa (claro que não apenas nós, mas todos os viajantes que estiveram nestas áreas).  E lá fomos nós colher o material. Os centros para realização de testes são muito bem organizados, tipo linha de produção, e os resultados saem em 6hs, mais ou menos.

Em nenhum momento nossos códigos de saúde mudaram de cor, pois estivemos na primeira área (que agora está classificada como “médio risco”) uma semana antes de os primeiros novos casos terem aparecido. Agora, as autoridades estão mapeando no país inteiro, possíveis contatos com os primeiros casos.

E assim os chineses mantém o Covid sob controle. Muito dinheiro investido na tecnologia e infraestrutura para tratamento, muitas normas a serem cumpridas e muito medo também, devo dizer, por parte da população de adoecer. Vamos aguardar e esperar que esse novo “surto” seja combatido com a mesma eficiência dos que ameaçaram a aparecer depois do controle do surto inicial em Wuhan. Como bombeiros combatendo pequenos focos de incêncio, eles previnem que o fogo se alastre pela “casa” toda, queimando tudo e matando a todos!

Fazendo o registro no hospital

Com seu kit em mãos, dirija-se até a estação de testes

Entregue seu kit para a enfermeira, toda protegida, que confere seus dados, na sua frente 

Colhendo material e fazendo o teste 

hora do teste.... eu já havia feito o meu! 
negativo!!! Ufaaa... 


Código da Província (Estado) - o QR code foi "rasurado" por mim para postagem aqui... 

Código nacional mostrando os locais onde estive nos últimos 14 dias - hoje é 13.08, então já apagou meu histórico de viagem por outros lugares, pois voltei para a minha cidade há pouco mais de 14 dias! 

Em destaque:

Viagem pela China - de Changchun a Xi'an, passando por Nanjing, Chengdu e outros lugares incríveis

Quem me acompanha no instagram e no Facebook já sabe que fiz uma viagem pela China, começando pelo sul do país, em Nanjing e terminando na p...

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