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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Cruzeiro pelo Majestoso Rio Yangtze, na China - o maior rio da Ásia.


Uma maneira diferente de conhecer parte do Rio Yangtze, na China, foi fazendo um cruzeiro. Isso mesmo, um cruzeiro, com direito a shows noturnos dentro do barco (veja filme no final do post) e atividades de lazer, como Tai Chi Chuan ao nascer do sol. A China é um país tão diverso em termos de geografia que resolvemos explorar esta parte do país pela água. 

Pegamos um cruzeiro na cidade de Yichang com direção a Chongqing. Foram 4 dias a bordo de uma embarcação muito confortável e moderna. 

https://www.yangtze-river-cruises.com/yangtze-river-guide/three-gorges-cruise.html

O Rio Yangtze, conhecido em mandarim por "Chang Jiang   長江 " ou seja, Rio Comprido, tem sua nascente no Platô Tibetano, nas montanhas Tanggula e percorre 6.300km dentro do país, desaguando no Mar da China Oriental, na região da cidade de Shanghai, onde está seu delta. Este é o maior rio da Ásia e o 3o. maior do mundo.

Iniciando nossa aventura pelas águas do maior rio que tem a maior parte de seu leito dentro de um único país, fizemos algumas excursões interessantes. A barreira hidrelétrica das Três Gargantas, considerada a maior do mundo, está situada no início da viagem, na cidade de Yichang. Por causa do alagamento das áreas para formação da hidrelétrica, muitas aldeias antigas encontram-se agora embaixo d'agua e as familias foram realocadas para outros locais. Com a exploração do turismo se intensificando nesta região, as famílias passaram a trabalhar neste ramo, apresentando as tradições e cultura local, o que dá uma boa ajuda a renda familiar. É muito comum ver os jovens trabalhando como guias locais, falando inglês, e ajudando a tocar pequenos negócios familiares. 

Jovem do povo Tujia, nossa linda guia no passeio pelo Shenny Stream

As paisagens à beira do Yangtzé são de tirar o fôlego. Como fomos no verão, que é a maior época de chuvas, as águas estavam turvas, mas o rio é muito conhecido pelo verde esmeralda de suas águas. No outono, o colorido tom entre amarelo e vermelho das folhas completa o cenário.  

 
Com uma natureza exuberante, partes do rio foram eternizadas por poetas que vinham ao local para se inspirar. A nota de 10 yuan traz estampada uma das Três Gargantas do Rio Yangtze, a Qutang. Eu tirei uma foto do local, para eternizar, na minha memória, minha visita por lá :-).
As Três Gargantas - Three Gorges

O trecho do rio entre as cidades de Chongqing e Yichang é onde se localizam as três gargantas do rio Yangtze, com 311 km de extensão. São formações rochosas basicamente de limestone, uma rocha bastante dura. Porém, com a erosão provocada pela água nas rochas de xisto e sandstone, que também compõem parte do solo e que são mais moles e suscetíveis a erosão, os vales foram se formando ao longo dos séculos. Estima-se que este processo tenha se iniciado há cerca de 70 milhões de anos. São elas: Qutang, Wu Xia e Xiling. 

A área é muito importante para a cultura da China. Muitas histórias populares, comparáveis a "contos de fadas" foram criados baseados tanto nos hábitos dos povos locais quanto nos cenários desta área. Poetas importantes da China antiga viveram nesta região e costuma-se dizer que cada um, a seu modo, tentou entender e interpretar o que eram as três gargantas, através de seus próprios sentimentos e pensamentos. A névoa que cobre a região sempre foi motivo de inspiração para estes grandes pensadores. 

Costuma-se dizer que a garganta Qutang  é a de cenário mais impressionante e dramático. Não é a toa que esta garganta é a que está estampada na nota de 10 Renmimbi (a moeda chinesa). Já a Wu é a mais elegante e a Xiling a mais perigosa por causa de seu trecho ter muitos recifes e partes complicadas para navegação. 

Sendo uma área histórica, você encontrará muitos locais para visitar durante o percurso. Escolha a que mais te agrada e se delicie com o cenários. Nós conhecemos os seguintes lugares, lindos, sobre os quais escreverei um post exclusivo (a medida que eu for escrevendo, os links serão liberados para acesso direto ao artigo): 
  • Three Gorges Tribe (Tribo das Três Gargantas)
  • Shenny Stream - Wu Gorge (sem tradução para o português,  é um vale do Yangtze, com picos lindíssimos que inspiraram - e ainda inspiram - muitos poetas e os românticos)
  • White Emperor City - Cidade do Imperador Branco 
  • Fengdu Ghost City - Cidade Fantasma de Fengdu
Além destes pontos, ainda se tem a possibilidade de visitar a Hidrelétrica Three Gorges, com um sistema de elevador para embarcações que possibilita a navegação fluvial sem que a barreira da hidrelétrica prejudique a navegação, um sistema de transporte que é essencial não só para os povoados da região mas para a China de maneira geral. 

A história da navegação nesta área é bastante antiga. Em 1876, o imperador Guangxu, da dinastia Qing, abriu a cidade de Yichang como um porto de comércio exterior após a segunda guerra do Ópio com a Inglaterra. Uma empresa de navegação foi fundada ali. Depois disso,  o sistema de navegação foi se desenvolvendo e se tornou uma forma muito importante de fomento do comércio, indústria e desenvolvimento local. A importante Universidade Hubei Sanxia se estabeleceu na cidade, sendo a segunda maior da Província, com 20.400 estudantes, perdendo apenas para a universidade da Capital, Wuhan. 

As minorias étnicas ao longo do Yangtze

A região é habitada por algumas minorias étnicas, como o povo Tujia Zu que ainda vivem nas aldeias em cima dos morros. Para se deslocarem, descem até a margem do rio e utilizam pequenos barcos. 

Os povos que habitam esta área e mantém suas tradições milenares são, além dos Tujia, os Wushan, Ba e os Chu. Algumas destas tribos tiveram suas aldeias realocadas com a construção da barragem da hidrelétrica, sendo que as antigas vilas ficaram submersas. Muitos destes povos viviam nestas áreas já há mais de 2.000 anos, segundo os arqueólogos. Hoje, estão em melhores e mais modernas áreas. O condado de Wushan, por exemplo, está se desenvolvendo com algumas indústrias se instalando por lá e, principalmente, com o turismo que se tornou o ponto forte na região. 

fonte: livro Amazing Wu Gorge, by Song Kaiping

Os homens da tribo dos Tujia,que habitam exatamente as margens do rio, trabalhavam como "puxadores de barcos" no passado. Com a dificuldade de acesso do rio (que era praticamente o único meio de transporte e mobilidade deles) para as casas, esses carregadores puxavam os barcos e também transportavam pessoas e alimentos. Esta era a única maneira de se deslocarem entre os vilarejos montanhosos.  Em 1980 passaram a abandonar esta profissão, já que o acesso a motores elétricos ficou mais fácil. Hoje em dia, essas pessoas trabalham como barqueiros e outras atividades relacionadas ao rio. 

fonte: livro Amazing Wu Gorge, by Song Kaiping 

Ainda se vê, nas encostas dos picos e montanhas, sepulturas  feitas pelos Wushan encravadas no solo, na parte mais alta que conseguiam alcançar. Isto evitava que as águas chegassem até esses túmulos, levando os corpos ali enterrados. 

Muita história, beleza e tradição! Vale a pena conhecer... 

Escreva nos comentários se você gostou... 👩


Barragem das Três Gargantas - Three Gorges Dam



















    

sábado, 28 de agosto de 2021

Mati Temple - As grutas templo encravadas nas Montanhas

Bem, podemos dizer que o que não falta na cultura oriental de maneira geral são templos. Na China milenar, por quase todas as cidades eles estão lá. Alguns mais imponentes, outros mais simples. Já,outros bem inusitados e aqui estou falando do complexo de templos "Mati Temple Grotto", composto por 500 grutas encravadas nas montanhas, com imenso valor histórico e artístico.

Mati Temple Grotto está localizado no condado da minoria étnica Gu, a 65 km de distância da cidade de Zhangye, cidade que se localiza na rota da seda e era passagem dos comerciantes para a China e o próprio Marco Polo morou nela. As estradas que levam até o complexo são excelentes e pode-se dirigir até lá com tranquilidade. Ônibus municipais também fazem este trajeto. O complexo se estende por cerca de 30 km, com mais de 7 grupos de grutas-templo. No total, há mais de 500 cavernas, torres e santuários budistas! 

Eu, que gosto de coisas antigas, fiquei enlouquecida com a visão que se tem da estrada que liga a cidade ao complexo de templos. Cavernas esculpidas nas montanhas se penduram a uma altura de 15 a 60 metros de altura, aproximadamente,  e nas escadas que ligam umas às outras pessoas parecem formigas!

Como a cultura chinesa é constituída de muitas lendas, conta-se que a criação do templo Mati iniciou-se por causa de um cavalo sagrado que teria deixado suas pegadas em uma rocha ali. Assim, Matisi (si = templo), que significa "o templo casco de cavalo" (ou algo assim) em chinês, acabou se tornando o nome do local ...  Mas, a história diz que uma família de viajantes, os Guo, mais ou menos nos anos de 317 a 402, acabaram cavando a primeira caverna para se abrigar e, como ficaram por ali um tempo longo, fizeram outra caverna ao lado como templo para orações a buda. Assim, conforme outros viajantes passavam pelo local e iam se hospedando para descansar da longa jornada,  outras cavernas foram criadas. Mais tarde, monges budistas vindos da índia, também de passagem, acabaram morando no local, aumentando, assim, o número de templos. Com o passar dos anos, os viajantes da rota da seda paravam no Mati principalmente para fazerem suas orações e seguir viagem. 

Dentro de cada templo a relíquia impressiona. O nível de detalhes encontrado alí é algo ímpar. Pequenos corredores te levam de um templo ao outro e uma vista de tirar o fôlego te convida a contemplar o vale à frente. Ali, o tempo parou.... 

Gostou? Deixe lá embaixo, no fim da página, seu comentário! :)





 


















segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Viagem pela China - de Changchun a Xi'an, passando por Nanjing, Chengdu e outros lugares incríveis

Quem me acompanha no instagram e no Facebook já sabe que fiz uma viagem pela China, começando pelo sul do país, em Nanjing e terminando na parte central, em Xi'an, passando pelo sudoeste e noroeste do país, percorrendo parte da rota da seda. Foram 8 cidades, 21 dias e mais de 5.800km rodados! O transporte foi feito de várias formas: avião, navio, trem bala, carro... quase que teve até camelo! :)

Bem, para ilustrar isso, preparei um mapa para vocês. Nele, você vai ter uma noção melhor do trajeto que fizemos, saindo da Província de Jilin, onde moro, no nordeste do país, dando a volta num território imenso como é o da China.

Os artigos e detalhes vou preparando aos poucos e publicando. Assim, clique em "Seguir" na página principal do Blog para você ser notificado dos conteúdos à medida em que forem "saindo do forno". 

Em cada cidade da lista abaixo, um link para a matéria será adicionado para facilitar a navegação. 

Vamos lá?


  • Nanjing
  • Yichang
  • Chengdu
    • A Moderna cidade dos Pandas
    • Leshan e o Buda Gigante
    • As cavernas de Leshan - o sacro ou o Kama Sutra?
  • Xiahe
  • Zhangye
    • Jiayuguan
      • A Passagem para o Ocidente - parte mais ocidental da Grande Muralha 
      • As Tumbas de Weijin
    • Dunhuang
      • Lago da Lua Crescente - Um oásis no deserto 
      • Deserto de Gobi - Dunas
      • Eu acho que vi um Camelo 
      • Grutas Mogao - Patrimônio da Humanidade - Século IV - Conhecendo o mais rico tesouro do Budismo 
    • Xi'an 

    Boa Viagem! 


    sábado, 14 de agosto de 2021

    O que não sabíamos sobre Os Guerreiros de Terracota de Xi'an

    Quando falamos em China mundo afora, uma das primeiras lembranças que nos vem à mente, além das famosas lanternas, dos Kuaizi ('pauzinhos' de bamboo usados para comer),  são as dos Guerreiros de Terracota de Xi'an. Certo? Bem, até aí, eu também tinha essa imagem na minha mente e tinha uma curiosidade em conhecer o local onde essas estátuas foram encontradas. Ponto. 

    Já que viajar pela Rota da Seda incluia a cidade de Xi'an (da qual falarei em um post todinho dedicado a ela), província de Shaanxi, fomos, então, conhecer os famosos Senhores de Barro. Minha expectativa era mediana, nem baixa nem alta. Mas, como estar na China e não conhecer um dos famosos ícones chineses de fama internacional?? Vamos lá então....

    O primeiro imperador Chinês, Qin Shi Huang, famoso e respeitado por criar uma China unificada, com importantes reformas políticas (apesar de sua fama de tirano), iniciou a construção de seu mausoléu em, aproximadamente, 246 a.C.. Para protegê-lo em sua vida pós morte, decidiu que queria um exército em tamanho natural, feito em terracota, e que seria enterrado junto com ele. Estima-se que mais de 650 mil trabalhadores fizeram parte deste mega projeto. Aliás, foi ele quem iniciou a construção da Grande Muralha.
    Em 1974, alguns agricultores, na tentativa de escavar um poço artesiano, encontraram a área. 

    O Museu que abriga as esculturas é um sítio arqueológico muito importante, de colaboração internacional, em que muitos cientistas estão baseados para estudo e restauro das peças. Chegando lá, nos deparamos com três pavilhões que cobrem as escavações, visando preservar as peças e proteger o solo onde ainda muitas esculturas estão enterradas. 

    As áreas estão divididas em setores, sendo o maior a da armada principal, o segundo o da cavalaria e infantaria e o terceiro, com menos figuras, o de generais e comandantes. Ao visitar o sítio arqueológico, muitas pessoas param no primeiro pavilhão, o maior, sem se atentar à importância dos outros dois, sendo que um deles, inclusive, mostra a parte ainda não escavada. 
    O Exército é composto por guerreiros (soldados e oficiais distintamente caracterizados), portando armas reais como espadas, arcos  e lanças (forjadas em bronze), além de cavalos e carruagens, impressionando pelos detalhes, grandeza e beleza! As estátuas foram construídas em tamanho natural, com altura média de 1,78m, e pesando 160kg. Cada uma com sua expressão única, uma pose diferente da outra, dando-lhes identidade. Estão posicionadas estrategicamente, em um alinhamento inacreditável. Algumas estão intactas, outras conseguiram ser muito bem restauradas,  mas grande parte foi destruída em guerras passadas, havendo indícios de arrombamento da tumba e saque aos tesouros enterrados ali. Na ocasião, fogo foi ateado às galerias visando destruir os guerreiros. Um terremoto na China em 2008 danificou uma parte das esculturas já expostas.

    Mais de 8 mil guerreiros, 130 charretes, 520 cavalos de guarda estão colocados ali, segundo os cientistas e somente 1500 figuras foram desentarradas. Como eram detalhadamente pintadas (sobre uma camada de laca) com as tintas mais naturais disponíveis na época, as estátuas perdem a cor em cerca de minutos após exposição à luz, poluição e outos agentes. Por isso, as escavações foram suspensas e estudos estão sendo realizados para encontrar uma forma e tecnologia para preservar as figuras ao retirarem-nas do solo. 

    A tumba do imperador, nesta mesma localidade,  fica perto de uma 'pirâmide' de terra com 47m de altura e 2,18 km2 de área e ainda não foi possível explorá-la visto que há um grande risco de deslizamento de terra e, consequentemente, danos ao patrimônio histórico ali enterrado. Foi construída próximo à montanha Lishan por ser um excelente ponto de "Feng Shui".

    Uma curiosidade interessante é o fato da descoberta acidental destas esculturas. Ao tentar cavar o poço e se deparar com partes de uma das estátuas e, depois, com artefatos de bronze, o camponês Yang Zhifa, que havia servido o exército antes, se deu conta de que podia estar diante de uma descoberta histórica, pois era de conhecimento dos aldeões que o túmulo do imperador era próximo ao vilarejo deles. Com isso, ele informou as autoridades locais e os estudos se iniciaram. 

    O sr. Zhifa foi 'reconhecido' por este ato e posteriormente contratado pelo museu como "personalidade" fundadora do local, uma espécie de curador. Sua família também foi incorporada ao staff do sítio arqueológico e muitos estão trabalhando no restauro das figuras. Ele faleceu em 2018. 
    Uma visita que vale a pena fazer sem pressa para admirar a beleza histórica do local, bem como das peças, e, assim como em outras partes do mundo, pensar no que aconteceu ali, em uma era tão distante, e que você está tendo o privilégio de conferir. Eu não conhecia esta história em detalhes, e você? 
    Espero que gostem... deixe seu comentário! :-) 
    *Todas as fotos aqui utilizadas foram tiradas por mim.






    esta é minha preferida! os detalhes impressionam....

    A guia deste cavalo é original. Só foi trocado o cordão que une as peças 

    Área de estudos e restauro












    Seção ainda não escavada


















     





    quarta-feira, 11 de agosto de 2021

    Nanjing - China - Memorial às Vitimas do Massacre de Nanjing

    Em Nanjing, um dos lugares em que estivemos foi o Memorial às vítimas do Massacre de Nanjing. Assim como Auschwitz, na Polônia, tem o campo de concentração mantido para lembrar o mundo das atrocidades cometidas pelo regime nazista de Hitler, a China construiu este memorial para lembrar o horrendo massacre cometido pelas tropas do exército imperial japonês durante a ocupação iniciada em dezembro de 1937. Nesta ocasião, mais de 300 mil chineses civis foram mortos de forma brutal e massacrante na invasão da cidade de Nanjing, então capital da China.


    Não contentes em tomar a cidade, passaram a assassinar homens das formas mais perversas e estuprar mulheres e crianças sem distinção, estabelecendo, inclusive, competições entre as tropas. Tanto que o evento, na história,  é conhecido como o “estupro de Nanjing".

     
    O museu, de instalações modernas e espaçosas, abriga três sessões principais. Na parte externa, na entrada, você já se depara com esculturas que simbolizam os cidadãos fugindo do horror. Uma mãe desesperada, com seu pequeno filho morto nas mãos, recepciona os visitantes no portão. Para quem já visitou campos de concentração na Alemanha, como eu, a sensação é a mesma. Projeções e fotos da época, numa construção moderna que foi recentemente renovada, ilustram e contam os fatos históricos. Tudo muito bem organizado e também no idioma inglês. Em um prédio anexo, um sítio com partes de escavações do local mostram esqueletos de milhares de pessoas que foram enterradas ali, muitas das quais  ainda vivas.
     
    O memorial é um local para reflexão e questionamento do que uma guerra traz de ruim às pessoas, aos países, ao mundo. Estando ali, é impossível não se imaginar no local à época do acontecimento. Outra exposição traz fotos de pessoas idosas, sobreviventes desta guerra insana, que contaram suas experiências ao mundo.

     
    Na história da cidade, vários estrangeiros, os quais não eram assassinados pelos japoneses por questões políticas, ajudaram a esconder muitos dos chineses, que sobreviveram. Essas pessoas, mais tarde, receberam condecorações pela ajuda heroica prestada. Todo ano, em dezembro, há uma cerimônia em que o Presidente da China presta homenagem aos mortos nesta triste chacina.
     
    Na saída, ao término da visita, uma bela escultura em um monumento à paz se despede do visitante.
     
    Um lugar muito interessante para se aprender um pouco mais sobre a história de guerras da China. A entrada é grátis. Para nós, estrangeiros, basta mostrar o passaporte e retirar os tickets na entrada do museu.





    escavações com restos mortais no local onde foi construido o museu, que era uma vala onde milhares de pessoas foram enterradas  





    sistema de arquivos de registro dos mortos 

    Em destaque:

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